O primeiro teste da técnica genérica de edição CRISPR está prestes a começar nos Estados Unidos e será realizado diretamente no corpo dos pacientes.
Esta é obviamente a primeira intervenção verdadeiramente autorizada. Experimentos de edição genética “faça você mesmo” já estão sendo realizados (com toda a polêmica. Como no caso de Josiah Zayner) sem qualquer controle de ativistas de “biohacking” em todo o mundo.
O método adotado para o tratamento será o CRISPR, pois é um instrumento que se mostra cada vez mais eficaz no corte e modificação de pontos específicos do DNA. De fato, mesmo neste caso, é uma questão de alterar permanentemente o DNA de alguém.
O objetivo do teste, neste caso, é curar uma forma generalizada e hereditária de cegueira. É sobre o amaurose congênita de Leber, um distúrbio que afeta dois a três bebês por 100.000. Sua principal característica reside no fato de afetar indivíduos com olhos perfeitamente saudáveis, mas sem um gene capaz de converter luz em sinais no cérebro que se traduzem em visão.
O tratamento experimental visa proporcionar a crianças e adultos doentes uma espécie de “atualização de firmware biológico”. Uma versão saudável do gene ausente será adicionada ao DNA dos sujeitos. Desta forma será possível fechar corretamente o “circuito” que transforma a luz em impulsos para o cérebro e posteriormente em visão.
Portanto, duas sociedades médicas separadas começarão no próximo outono, o que pode ser considerado um possível marco da genética.
A Editas Medicine e a Allergan testarão o CRISPR “anticegueira” em 18 pessoas nos Estados Unidos, realizando as intervenções planejadas em alguns centros clínicos selecionados.