A palavra “nuclear” tem uma reputação muito má, e por boas razões. Se você conhece a história, sabe bem que as bombas atômicas mataram centenas de milhares de pessoas mesmo décadas após seu uso durante a Segunda Guerra Mundial, ou se lembrará da corrida armamentista nuclear entre os EUA e a URSS, ou mesmo dos desastres de Chernobyl e Fukushima .
Entre as décadas de 50 e 60, porém, o governo americano tentou mudar a reputação doenergia nuclear lançando um programa chamado “Átomos para a Paz”. Uma das estratégias de comunicação baseadas em editoriais com tom amigável e positivo foi o tema “jardins gama”, ou jardins atômicos. Para encurtar a história, a energia nuclear foi usada para cultivar plantas mutantes mais bonitas e exuberantes.
A esperança surgiu de uma suposição não muito certa: que as mutações eram benéficas. Na visão otimista da época, graças à radiação, as plantas cresceriam mais rápido, sem medo do frio ou dos parasitas. Produziriam frutas maiores e mais coloridas, e tudo ficaria bem.
O mecanismo dos jardins atômicos era simples: a radiação vinha de uma barra de metal carregada de isótopos radioativos. Plantando esta barra no centro do jardim e expondo-a aos seus raios silenciosos, o DNA de todas as plantas teria mudado.
Se a coisa HOJE parece louca o suficiente, considere que jardins de teste atômicos também foram construídos. Alguns até 2 hectares de extensão, todos bem irradiados.
Coloque o átomo no seu jardim!
Em 1959, do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, uma mulher chamada Muriel Howorth fundou a Atomic Gardening Society, publicando um lindo livro que explicava a todos como era possível cultivar um jardim lindo, denso e verde graças à energia nuclear. Entre fotos de plantas mutantes e guias práticos, os jardins atômicos começavam a atingir as massas.
Para os apologistas do fenômeno, o encanto do jardim atômico era que ele poderia trazer muitos alimentos para uma sociedade ainda em recuperação após a guerra. A obsessão com este desenvolvimento “verde” levou Howorth a escrever a Albert Einstein para pedir-lhe que patrocinasse a sua iniciativa, conforme relatado num artigo publicado em Jornal britânico para a história da ciência.
E depois?
Infelizmente, e apesar da sra. Howorth, o entusiasmo pelos jardins atômicos não encontrou grandes correspondências entre os produtores, que, apesar de se esforçarem, não obtiveram uma percepção de saúde e positividade observando as plantas mutantes. No entanto, a prática não foi abandonada: algumas plantas, como esses feijões pretos ou isto variedade de begônias são obtidos pela irradiação de vasos e solo. No Japão existe até um instituto, oInstituto Japonês de Cultivo Irradiado quem adota essas técnicas. Quando se diz ter Síndrome de Estocolmo.