O mundo está produzindo uma quantidade insana de dados todos os anos. E serão cada vez mais. Transporte, diagnóstico, comunicações. Tudo passará dos dados. Para dar algumas pistas, a International Data Corp espera que o mundo produza 175 zettabytes de dados até 2025. São 142 zettabytes a mais, quase o dobro dos dados produzidos mundialmente em 2018. Para os menos acostumados: 1 zettabyte equivale a 1 bilhão de terabytes ou 1 trilhão gigabytes.
Escusado será dizer que memorizando estes dados não é uma tarefa fácil e vai muito além do escopo dos dispositivos de armazenamento disponíveis, como discos rígidos e discos magnéticos. A memória do futuro terá que levar em conta os enormes volumes, e também a necessidade de resiliência adequada, para evitar a perda de tantos dados.
A lembrança do futuro
Motivados por essa indubitável necessidade global, os cientistas agora estão explorando materiais alternativos para fabricar dispositivos de armazenamento. E um dos materiais mais promissores que eles estão analisando é o vidro, ou para ser mais preciso, uma folha de vidro de 2 mm de espessura que é aproximadamente do tamanho de um post-it.
Esse conceito permaneceu confinado principalmente à pura teoria até a Microsoft, como parte de sua Projeto de sílica, escreveu e recuperou o filme Superman (1978) em um único pequeno pedaço de vidro. Um filme simbólico, claro, porque contava como as memórias podiam ser preservadas em cristais. Esse método pode ser usado para armazenar até 360 terabytes de dados em um disco do tamanho de um DVD e é o embrião da memória do futuro.
Não apenas a Microsoft
A Microsoft não está sozinha nesta pesquisa. Além disso Seagate está trabalhando no uso de vidro para armazenamento de dados ópticos. "O desafio é desenvolver sistemas que possam ler e escrever com rendimento razoável"Dito John Morris, Diretor de tecnologia da Seagate.
No momento, o desafio não é apenas tornar o processo de escrita mais viável, mas também simplificar o processo de escrita.