Durante décadas acreditamos que viver mais foi o suficiente para manter um peso normal. Vamos te contar um segredo: não é assim. Um novo estudo sobre risco de mortalidade analisou um grande número de casos durante 40 anos e os resultados são surpreendentes.
Um avanço na compreensão da longevidade
Se você cresceu nos anos 90, certamente se lembrará das propagandas de dietas para perder peso e da obsessão pela magreza. Mas a ciência acaba de lançar uma bomba que irá abalar o mundo do fitness: o A aptidão cardiorrespiratória é muito mais importante que o peso quando se trata de risco de mortalidade.
Uma equipe de pesquisadores americanos e britânicos analisou 20 estudos publicados entre 1980 e 2023, examinando uma amostra de quase 400.000 pessoas. O cinesiologista Nathan Weeldryer de 'Universidade da Virgínia destaca como a sociedade tende erroneamente a equiparar peso com saúde.
Risco de mortalidade precoce: o condicionamento físico supera a magreza
No final das contas, o treinamento é muito mais importante que o peso quando se trata de risco de mortalidade.
Estas palavras do fisiologista do exercício Sidarta Angadi resumir perfeitamente os resultados do estudo. Uma pessoa com sobrepeso, mas em boa forma, tem as mesmas chances de vida que uma pessoa magra e em boa forma. Na verdade, se você estiver em forma, mas um pouco gordinho, poderá viver mais do que alguém que é magro, mas nunca faz exercícios.
O verdadeiro significado do exercício
O exercício não é apenas uma forma de queimar calorias, como pensávamos na época dos vídeos de aeróbica (GenZ, você nunca vai entender). É um verdadeiro “remédio” que otimiza a saúde geral e pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas, independentemente do tamanho do seu jeans.
O estudo, publicado em British Journal of Sports Medicine (eu linko aqui), não nega problemas relacionados à obesidade. Com 1 em cada 8 pessoas no mundo classificado como obeso, É impossível ignorar as pressões que o peso excessivo exerce sobre o corpo.
Repensando estratégias de saúde pública
Os resultados deste estudo podem revolucionar as políticas de saúde. Em vez de ficar obcecado com o perda de peso, devemos nos concentrar em como tornar as pessoas mais ativas fisicamente. Como diz o velho ditado: melhor um gorila em boa forma do que uma gazela preguiçosa. A investigação não só desafia as nossas crenças sobre o risco de mortalidade, mas também nos convida a repensar a nossa relação com o nosso corpo e com o exercício. Não se trata mais de ter uma determinada aparência, mas de se sentir bem e ser funcional.
E você, o que acha? Talvez seja hora de parar de nos torturar com dietas drásticas e começar a aproveitar mais o movimento, seja qual for a forma que nos faça sentir bem. Afinal, a ciência diz-nos agora que este é o verdadeiro segredo para uma vida mais longa e saudável.