Uma estranha anã amarela explode numa supernova de formas nunca antes vistas, “ultrapassando os limites do que é fisicamente possível”, para citar os cientistas que a observaram.
Uma equipe do NASA monitorizou a enigmática bola de gás durante 30 meses antes de explodir numa supernova a 35 milhões de anos-luz da Terra.
Comportamento anormal da supernova
O que deveria ter sido um comportamento de rotina para esta estrela se tornou algo inesperado. Ao contrário de todas as vistas até agora, esta supernova carecia de uma camada de hidrogênio ao seu redor antes de explodir.
É algo que os cientistas não sabiam que era possível.
“Não tínhamos visto esse cenário antes”, diz o pesquisador Carlos Kilpatrick, que conduziu o estudo publicado no boletim mensal da Royal Astronomical Society.
Para explodir sem hidrogênio, uma estrela teria que ser extremamente azul e muito, muito quente.
Olhamos para cada padrão estelar que poderia explicar uma estrela como esta. E todo modelo requer que a estrela tenha hidrogênio, o que essa supernova não tinha.
Carlos Kilpatrick, Universidade do Noroeste
Uma supernova “quase normal”: as hipóteses
Durante a sua observação, iniciada dois anos antes da explosão, a supernova localizada na galáxia espiral NGC 4666 parecia “normal”.
Os cientistas da NASA formularam algumas hipóteses sobre as origens dessa circunstância.
Hipótese 1: esta estrela expeliu seu hidrogênio várias décadas antes de explodir, devido a erupções catastróficas que a privaram de massa antes de uma explosão.
Hipótese 2: uma estrela menor pode ter retirado o hidrogênio da fonte da supernova.
Um dia vamos entender
Infelizmente, será uma longa espera para os cientistas investigarem mais a fundo. A luz da explosão da supernova é muito intensa.
“Em quatro ou cinco anos”, diz Kilpatrick, “poderemos saber mais sobre o que aconteceu. “
