Todos os dias a ciência faz descobertas médicas que podem mudar nossa vida. E agora os cientistas criaram uma impressora portátil que corrige a pele danificada devido a ferimentos como queimaduras extremas.
em 2017 Cientistas espanhóis da Universidade Carlos III de Madrid (UC3M), do Centro de Pesquisas Energéticas, Ambientais e Tecnológicas (CIEMAT) criaram um grande bioperinter especial que imprime a pele humana.
em 2018, uma equipe canadense iniciou pesquisas sobre um dispositivo portátil que “imprime” folhas de pele artificial diretamente nas feridas de vítimas de queimaduras.
“É como um dispensador de fita adesiva,” disse o pesquisador Axel Gunther. “Em vez de um rolo de fita adesiva, você tem um microdispositivo que entrega um pedaço de tecido.”
Cientistas canadenses publicaram recentemente os resultados encorajadores de seu mais recente teste de dispositivo portátil na revista Biofabrication. Atualmente, os médicos têm várias opções para o tratamento de queimaduras graves, incluindo andaimes de colágeno, substitutos da pele in vitro e enxertos de pele.
Hoje “transplantamos” pele de uma parte do corpo para outra
O método mais comumente usado é o enxerto de pele: envolve a remoção do tecido danificado e sua substituição por pele saudável de outra parte do corpo. Mas os enxertos nem sempre são uma opção viável.
Nos casos em que um paciente tem queimaduras graves de terceiro grau que destroem as camadas superior e inferior da pele, nem sempre é suficiente usar uma pele saudável suficiente.
Os tratamentos alternativos de queimaduras, como andaimes de colágeno e substitutos cutâneos in vitro, têm outras desvantagens.
Imprima a pele diretamente nas feridas
Essas são as razões pelas quais a equipe criou um dispositivo que elimina a necessidade de enxertos de pele depositando tiras de uma bio-tinta especial diretamente em uma ferida. A bio-tinta contém proteínas curativas e células mesenquimais do estroma que ajudam o sistema imunológico e estimulam o crescimento de novas células.
Para a experimentação, os cientistas testaram o dispositivo de impressão da pele em queimaduras de terceiro grau em porcos e ficaram muito impressionados com os resultados.
“Descobrimos que o dispositivo depositou com sucesso as ‘camadas de pele’ nas feridas de maneira uniforme, segura e confiável, e que as capas permaneceram no lugar sem se deslocarem” disse o pesquisador Marc Jeschke.
“Mais significativamente, nossos resultados mostraram que as feridas tratadas com impressão cutânea baseada em células estromais mesenquimais cicatrizaram muito bem. A redução da inflamação, cicatrizes e encolhimento em comparação com ambas as feridas não tratadas é notável. A impressão na pele também fornece melhores resultados do que as estruturas de colágeno.”
Impressão da pele: importância absoluta
em 2016 Os pesquisadores de Harvard criaram o primeiro coração em um chip impresso em 3D com sensor integrado. É em 2019 essa pesquisa foi aprimorada por cientistas israelenses que obtiveram o primeiro coração impresso em 3D com tecidos e vasos humanos. Esse foi o primeiro uso de bio-tinta. O futuro começa agora.
Esta nova pele também pode ser usada em pesquisas e testes de cosméticos, produtos químicos e farmacêuticos. Há uma extrema necessidade, visto que mesmo os aparentemente não invasivos (como protetor solar) têm efeitos no corpo.