Nos últimos anos, o aumento das temperaturas no verão levou a um aumento dramático dos incêndios florestais: Austrália, Grécia, Estados Unidos e assim por diante (infelizmente). Esses desastres naturais não apenas devastam ecossistemas e infraestrutura, mas também causam perda de vidas humanas e animais.
Diante dessa ameaça crescente, a startup alemã Redes Dríades, apresentou o Silvanet, um sistema avançado que promete detectar incêndios em seus estágios iniciais, oferecendo uma esperança real para a prevenção de incêndios e proteção de florestas preciosas.
A importância das florestas e o papel da tecnologia
Todos os anos, os relatos de incêndios devastadores tornam-se cada vez mais frequentes. Pessoas e casas destruídas geralmente recebem a maior atenção da mídia, mas não devemos esquecer que as florestas também são vulneráveis. Como prevenir incêndios florestais mesmo em locais complexos como a Amazônia ou Austrália? A resposta está na tecnologia.
Ferramentas como imagens de satélite, câmeras terrestres, drones e torres de vigia são essenciais para monitorar fumaça ou chamas. No entanto, em paisagens sujeitas a condições rapidamente inflamáveis, a velocidade com que os incêndios florestais se espalham torna essencial a detecção o mais rápido possível.

Ação em 30 minutos contra incêndios florestais
Redes Dríades Ele desenvolveu Silvanet, um conjunto de produtos que detecta incêndios durante sua fase de brasa. Isso significa que eles podem ser identificados na primeira hora, ou mesmo nos primeiros 30 minutos, graças ao sensores sensores de gás altamente precisos, capazes de detectar gases como hidrogênio e dióxido de carbono com sensibilidade de partes por milhão (PPM).
Carsten Brinkschulte, CEO e cofundador da Dryad, enfatizou a importância da intervenção precoce. "Temos que alertar os bombeiros o mais rápido possível. O fogo ainda deve ser pequeno quando eles chegarem ao local. Não faz sentido avisar quando o fogo já atingiu o tamanho de um campo de futebol."
Como o Silvanet funciona?
A Silvanet é uma espécie de “ecossistema” de elementos que interagem entre si para atingir o objetivo de combate aos incêndios florestais:
- Sensório: A IA integrada e movida a energia solar mede vários gases, temperatura, umidade e pressão do ar. Esses nós sensores se conectam aos gateways Silvanet usando LoRa, uma rede de rádio de longo alcance. O sensor AI é constantemente treinado para reconhecer o cheiro específico de um incêndio em uma determinada floresta.
- Gateways de malha: esses gateways distribuídos suportam uma ampla gama de sensores compatíveis, permitindo a implantação em larga escala de redes de sensores em qualquer tipo de floresta.
- plataforma de nuvem: Ferramentas baseadas em nuvem para análise, monitoramento e alerta.
O futuro da Dryad Networks
A empresa encontra-se atualmente na fase de industrialização e entrada no mercado. Com uma produção de 30.000 sensores e centenas de gateways, a demanda excede em muito a oferta. Brinkschulte observou com um toque de humor: "Somos praticamente a única empresa fazendo isso profissionalmente. Eu esperava alguma concorrência, mas todos parecem estar dormindo." Sim.
Apesar das promessas de Silvanet, há desafios pela frente. Estabelecer comunicação em florestas densas e desenvolver um hardware robusto que pode durar duas décadas sem manutenção não é tarefa fácil.
Mas Dryad está determinado a superar esses obstáculos e os resultados até agora são promissores. Seus dispositivos já estão operacionais em várias áreas da Grécia, Espanha, Portugal, Califórnia e Canadá. Especificamente, a tecnologia da Dryad foi testada no formidável ambiente de sequóias da Califórnia, onde as ondas de rádio são impedidas por imponentes sequóias.