No futuro, poderemos cultivar um novo fígado dentro dos nossos corpos sem ter de lidar com as longas listas de espera e os riscos associados aos transplantes de órgãos tradicionais. Esse é o objetivo de uma terapia celular pioneira desenvolvida pela LyGenesis, que acaba de atingir um marco significativo com a dosagem do primeiro paciente em um ensaio clínico de Fase 2a. (Esse).
Esperança para pacientes com doença hepática terminal
La doença hepática terminal (ESLD) é uma condição potencialmente fatal que progride ao longo dos anos, às vezes décadas. Pacientes com ESLD apresentam uma constelação de sintomas e complicações que comprometem sua sobrevida e qualidade de vida. Muitas vezes, a ESLD é o resultado de cirrose, uma condição na qual o tecido cicatricial substitui o fígado saudável, levando a alterações irreversíveis na anatomia e na função do tecido hepático até serem atingidos vários estágios de insuficiência hepática.
Até agora, a única opção de tratamento para estes pacientes era o transplante de fígado. No entanto, até 50% dos pacientes com ESLD que poderiam beneficiar de um transplante de fígado padrão são clinicamente inadequados, enquanto aproximadamente 12% dos pacientes na lista de espera morrem a cada ano. É por isso que a terapia celular LyGenesis pode ser fundamental.
Gânglios linfáticos como biorreatores vivos
O de LyGenesis, chamado LYG-LIV-001, é uma terapia celular alogênica regulamentada pelo FDA como um produto biológico experimental. Em suma, utiliza os gânglios linfáticos do paciente para desenvolver um novo fígado funcional dentro do seu próprio corpo. Os gânglios linfáticos atuam, portanto, como biorreatores in vivo, ajudando os hepatócitos a enxertar, proliferar e gerar tecido hepático ectópico funcional.
Se os testes continuarem com sucesso, esta terapia celular poderá permitir que um único fígado doado trate dezenas de pacientes com ESLD, ajudando a reequilibrar o atual desequilíbrio entre a oferta e a procura de órgãos a favor dos pacientes.
Esta terapia pode representar um marco notável na medicina regenerativa, ajudando pacientes com ESLD a desenvolverem novos fígados ectópicos funcionais em seus corpos.
Dra. Michael Hufford, cofundador e CEO da LyGenesis
Mais que uma terapia celular, uma plataforma médica. Com enorme potencial
O fígado não é o único alvo da terapia celular desenvolvida pela LyGenesis. A startup está, na verdade, desenvolvendo terapias para produzir um timo ectópico (para o envelhecimento e muitas outras indicações potenciais), um pâncreas (para diabetes tipo 1) e um rim (para doenças renais).
Ar de regeneração, em suma. E tudo a partir deste estudo clínico de fase 2a, um verdadeiro marco para a medicina de transplantes. Podemos estar à beira de uma nova era em que a escassez de órgãos será uma coisa do passado e em que os pacientes com doenças orgânicas em fase terminal terão uma segunda oportunidade na vida.
E este é um futuro pelo qual vale a pena lutar.