A tecnologia está a mudar fundamentalmente a forma como fazemos compras e a inteligência artificial desempenhará um papel cada vez mais importante nesta transformação.
O advento do comércio eletrônico reduziu a necessidade de ir fisicamente a uma loja para fazer compras, mas isso é apenas o começo. O futuro do varejo é o comércio conversacional, onde a IA é usada para fornecer atendimento ao cliente personalizado e mais eficiente. Segundo um estudo de Pesquisa Juniper, os chatbots com tecnologia de IA irão lidar 70% das interações com clientes até o final do próximo ano. E isso mudará a forma como compramos e vendemos bens e serviços.
A era do comércio conversacional
Imagine entrar em uma loja onde assistentes virtuais baseados em computadorinteligência artificial eles estão prontos para cuidar de você. Assistentes capazes de entender exatamente o que você procura, para lhe oferecer conselhos personalizados sobre suas compras anteriores. Capaz de ajudá-lo a concluir a transação com facilidade e eficiência. Uma revolução total na experiência de compra.
Nos últimos anos, a IA conversacional tornou-se cada vez mais avançada e acessível para os consumidores. As empresas concordaram em retirar-se também projetos deficitários (como Amazon Alexa) para coletar dados e aperfeiçoar a tecnologia. O processamento de linguagem natural e o aprendizado de máquina tornarão os chatbots cada vez mais sofisticados e capazes de melhorar a experiência do cliente, aumentando o retorno do investimento para as empresas.
Estamos apenas no início de uma era em que a IA se torna cada vez mais presente na vida quotidiana e no comércio.
Mais experiências do que coisas
Os consumidores procuram cada vez mais experiências únicas e envolventes, e a loja já não é a única opção. Isto significa que haverá um aumento do investimento em contact centers e e-commerce, para otimizar estas experiências com a ajuda da inteligência artificial.
Um modelo de compra baseado no comércio conversacional?
Em vez de navegar em diferentes sites em busca do produto certo, os clientes simplesmente pedirão ao chatbot (com o assistente de voz em casa ou no smartphone) que lhes mostre as opções adequadas, economizando tempo e reduzindo a frustração.
Depois de identificar os produtos desejados, o cliente poderá adicioná-los ao carrinho diretamente pelo chatbot, que também fornecerá informações sobre disponibilidade, preços e opções de envio.
Finalmente, no checkout o chatbot armazenará com segurança as informações de pagamento do cliente e resolverá quaisquer problemas como faturamento ou endereços de entrega incorretos, fornecendo assistência personalizada. Todo o processo de compra pode ser concluído sem a necessidade de navegar em vários sites ou falar com representantes humanos de atendimento ao cliente, tornando a experiência de compra mais rápida e integrada.
Novos hábitos substituirão os antigos
O uso da inteligência artificial conversacional está rapidamente se tornando popular (também graças à exploração de ChatGPT e semelhantes). Os traders de IA serão como amigos que nos conhecem bem, sugerindo coisas que funcionam para nós.
E é uma transição que está acontecendo de forma “natural”, já hoje as pessoas passam 70% do seu tempo online em sistemas de mensagens, e não em sites.
Será como ter um personal shopper auxiliando na experiência de compra de ponta a ponta, como nas lojas de departamentos, mas em escala virtual.
Cada etapa da conversa revela mais detalhes sobre o interesse do cliente, permitindo uma personalização profunda que hoje é impossível com as ferramentas de marketing atuais (incluindo o mais avançado e-commerce, que só pode ser baseado em alguns parâmetros como histórico de compras ou interações com a interface do usuário).
Fale com a publicidade
Imagine um futuro onde os anúncios se tornem tão interativos que os consumidores possam “falar” com eles.
Isso é exatamente o que o comércio conversacional baseado em IA está prestes a trazer. Com esta tecnologia, os retalhistas poderão interagir com os consumidores através de mensagens e oferecer-lhes ofertas personalizadas, mudando assim radicalmente a forma como os produtos são comercializados e publicitados.
Em vez de simples anúncios passivos, os comerciantes poderão criar anúncios interativos que convidam os clientes a perguntar sobre produtos específicos ou a explorar alternativas interessantes. O cliente, por sua vez, poderá facilmente “tirar dúvidas ao anúncio” e finalizar a transação sem precisar sair do chat.
Isso significa que as marcas não precisam mais adivinhar as preferências dos clientes – elas podem simplesmente perguntar e personalizar a oferta em tempo real.
Comércio conversacional: o que vem a seguir?
O comércio conversacional baseado em IA se tornará a principal forma de interagir com as marcas.
E então? Vamos imaginar o próximo passo. Os retalhistas procurarão cada vez mais soluções tecnológicas avançadas, impulsionando ao máximo a compreensão da linguagem natural e a capacidade de “seguir” o cliente. O comerciante “conversacional” (estremecimento) poderá falar com o cliente imitando de alguma forma seu tom, ou sua extração de dialeto, ou citando suas expressões idiomáticas.
As empresas trabalharão para criar chatbots com personalidades únicas, representativas de sua marca: serão parte mascote e parte vendedor.
Um pouco mais adiante, a inteligência artificial conversacional se combinará com tecnologias de realidade virtual (ou misturado) para oferecer experiências de compra imersivas, sempre tendo como referência um assistente virtual (talvez parecendo uma celebridade: imagine comprar um perfume feito com o depoimento de quem aparece no comercial).
Veremos isso e muito mais: o conceito de compras será significativamente enriquecido. Deve-se dizer: vamos falar sobre isso.