Existe um motor elétrico que promete desafiar a ideia de autonomia finita: vamos falar sobre ServoProp Oceanvolt, um motor que utiliza a força do vento e da água para recarregar as baterias dos veleiros elétricos.
Muitos imaginam os veleiros como veículos movidos exclusivamente pelo vento. Isso pode ser verdade para os menores: barcos maiores precisam de um motor para manobrar em portos ou quando o vento está fraco. Neste caso, o motor é um Saildrive. Como exatamente isso funciona?
Saildrive: inovação na propulsão de barcos à vela
Saildrives são sistemas de propulsão inovadores, frequentemente instalados em barcos à vela modernos. Estes motores, integrados diretamente no casco, oferecem uma alternativa compacta e eficiente aos tradicionais motores acionados por eixo.
Graças ao seu design aerodinâmico e à ausência de vibrações, os Saildrives melhoram o desempenho da navegação e reduzem o impacto ambiental.
Acima de tudo, os Saildrives têm uma vantagem única: a regeneração hidráulica. Quando os barcos são empurrados pelo vento, a água que passa pela hélice faz o motor girar ao contrário, transformando-o em um gerador que recarrega as baterias.
Oceanvolt, propulsão e regeneração
O ServoProp desenvolvido pela Oceanvolt tem uma característica especial. Este motor combina lâminas inovadoras de passo variável com a capacidade de girar 360 graus. Resultado? Um ambiente ideal para propulsão e regeneração.
No modo de propulsão, o motor fornece 25 kW de potência contínua, com potência máxima de 30 kW durante 15 minutos. O torque instantâneo e o empuxo de 5.000 newtons (cerca de 1.100 lb.) são outras vantagens do sistema elétrico. A Oceanvolt afirma que a potência de 25 kW é comparável ao desempenho de um motor de combustão de 75 kW (100 HP).
Em resumo
O saildrive de 190 kg é adequado como motor de propulsão para barcos de até aproximadamente 20 metros (70 pés) de comprimento e pesando até 25 toneladas métricas. Também pode ser usado como um simples regenerador hidráulico em embarcações maiores.
As entregas do novo ServoProp estão previstas para o final do ano.
Mais um avanço no mundo da vela, que permite aos veleiros elétricos explorar recursos naturais como o vento e a água para regenerar energia.