Aqui estão algumas notícias que podem fazer girar a cabeça de Tony Stark: cientistas das universidades de Connecticut e Columbia desenvolveram um material que combina DNA e vidro, tornando-o mais forte e mais leve que o aço. Esta descoberta pode abrir as portas para uma nova era de materiais avançados.
Além do aço: o material revolucionário que combina DNA e vidro
A engenharia de materiais sempre foi uma corrida para encontrar o equilíbrio perfeito entre resistência e leveza. Até agora, estas duas características pareciam conflitar uma com a outra. A resposta a este eterno desafio pode estar escondida no DNA.
Toda grande descoberta precisa de uma musa e, neste caso (você não vai acreditar), foi a armadura do Homem de Ferro. Gangue Oleg, pesquisador da área de nanomateriais da Universidade de Columbia (e fã dos personagens da Marvel) confirma: “Nosso novo material é cinco vezes mais leve e quatro vezes mais resistente que o aço. Nossas nanorredes de vidro seriam muito melhores do que qualquer outro material estrutural para criar uma armadura melhorada para o Homem de Ferro.”
O segredo está no copo
O vidro é um material que sempre associamos à fragilidade. Mas a fragilidade do vidro se deve principalmente a imperfeições em sua estrutura, como rachaduras ou falta de átomos. Na sua forma pura, o vidro pode suportar pressões incríveis.
Primeiro problema, portanto: eliminar essas imperfeições, ou desenvolver formas mais “eficientes”.
Para criar este material revolucionário, os pesquisadores usaram o DNA como base para aplicar um revestimento de vidro. Este esqueleto de DNA atua como uma estrutura de suporte, permitindo que o vidro mantenha sua forma e resistência. O resultado é um material que combina o melhor dos dois mundos: a resistência do vidro e a leveza do DNA. E supera o aço.
Ainda há trabalho a ser feito
As aplicações deste novo material? Muitos: indústria aeroespacial, engenharia civil, mas também medicina, robótica e muito mais.
Antes de considerar o aço uma memória, porém, vamos conter as nossas expectativas: Oleg Gang alerta que “ainda é necessário muito trabalho de pesquisa antes que possamos usá-lo como tecnologia”. Porém, a equipe já trabalha para melhorar ainda mais as propriedades do material, explorando o uso de cerâmicas especiais em vez de vidro e novas estruturas.
Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Relatórios Celulares Ciências Físicas (Eu os linkei para você aqui).