Graças aos esforços da Universidade Médica de Weifang, na China, a luz poderia combater os sintomas da doença de Alzheimer. A pesquisa, uma análise minuciosa de 15 estudos clínicos, abre um novo capítulo na abordagem não farmacológica da doença, destacando (literalmente) o potencial da fotobiomodulação. Velejar link aqui, se você quiser se aprofundar no assunto: enquanto isso, vamos conversar sobre isso.
O que é fotobiomodulação
La fotobiomodulação (PBM) é um tratamento que utiliza luz de comprimentos de onda específicos para estimular o núcleo supraquiasmático (SCN) do cérebro, uma região crucial na regulação do sono que (como descoberto recentemente) também está ligada à doença de Alzheimer. Esta terapia inovadora visa restaurar o equilíbrio dos ritmos circadianos dos pacientes, muitas vezes comprometidos pela doença.
Uma abordagem inovadora para os sintomas de Alzheimer
L'Alzheimer, doença que afeta principalmente a função cognitiva, traz consigo uma série de sintomas psicocomportamentais e distúrbios do sono. Cerca de 70% dos pacientes sofrem de perturbações do sono nos estágios iniciais da doença, e quase todos manifestam sintomas como apatia, depressão, agitação e agressividade. A fotobiomodulação surge como um farol de esperança, oferecendo melhoria na qualidade do sono e alívio da carga emocional dos cuidadores.
A prática da fototerapia
A fototerapia envolve a exposição à luz brilhante semelhante à luz solar, com intensidade de até 10.000 lux, cerca de meia hora por dia. Os receptores retinais transmitem informações luminosas ao NSQ, que por sua vez coordena o nosso ritmo circadiano natural, um relógio biológico de 24 horas.
Anteriormente usada para tratar a depressão, especialmente transtorno afetivo sazonal, a fotobiomodulação mostra grande potencial como solução também para pacientes com Alzheimer.
Resultados e considerações
Apesar do entusiasmo, na minha opinião a investigação não está isenta de fragilidades, paradoxalmente devido à quantidade de dados observados. Diferenças nas tecnologias de luz utilizadas, comprimentos de onda e tempos de tratamento levam a alguma variabilidade nos resultados.
Discrepâncias nas populações de pacientes também sugerem a necessidade de investigações adicionais. Deve-se notar, no entanto, que a tendência parece sólida mesmo sem a margem de erro: os benefícios observados na melhoria da eficiência do sono, no humor deprimido e no comportamento agitado são encorajadores.
A luz no fim do (longo) túnel
O caminho para a cura definitiva do Alzheimer ainda é longo, mas a fotobiomodulação é uma aliada promissora para “iluminá-lo” e aliviar os sintomas da doença. Os autores do estudo pedem mais pesquisas em larga escala para confirmar a eficácia e segurança da fototerapia. Atenta aos potenciais efeitos secundários da luz intensa e à necessidade de personalizar os tratamentos, a comunidade científica olha com optimismo para esta nova fronteira.
A ideia de utilizar a luz (um elemento tão fundamental e natural) para melhorar a qualidade de vida dos pacientes oferece uma nova esperança num campo que dela necessita desesperadamente.