Uma equipe de engenheiros da Universidade de Wisconsin-Madison descobriu um método para reduzir significativamente o tamanho das câmaras de reação termonuclear.
O revestimento especial melhora a dissipação de calor e também consegue capturar átomos de hidrogênio neutros no plasma – um fator chave para aumentar a eficiência e prevenir o término prematuro da reação. Este avanço tecnológico marca o início de uma nova era no projeto de reatores de fusão que os tornará mais compactos, eficientes e fáceis de operar. Eu estudo (eu linko aqui) foi publicado na revista Física Escrita.
Inovação em revestimentos: um avanço para a fusão nuclear
Num mundo em constante busca por fontes de energia sustentáveis e poderosas, o fusão nuclear há muito tempo é considerado o Santo Graal da energia. O trabalho dos engenheiros americanos abre novas fronteiras neste campo, prometendo reatores menores, mas surpreendentemente mais potentes. Seu método inovador inclui um revestimento em tântalo, um metal com ponto de fusão excepcionalmente alto, que melhora não só a dissipação de calor, mas também a captura de átomos de hidrogênio neutros.
O tântalo, com seu ponto de fusão de 3017 ° C, provou ser essencial nesta nova tecnologia. Foi aplicado nas paredes internas da câmara do reator através de um processo de metalização a frio e por si só apresentou vantagens muito interessantes.
Nossa tecnologia mostra melhorias notáveis em relação às abordagens atuais. Com esta pesquisa, somos os primeiros a demonstrar os benefícios do uso da tecnologia de revestimento por pulverização a frio para aplicações de fundição
Mykola Ialovega, principal autora do artigo
Energia termonuclear “facilitada”
O novo revestimento não apenas aumenta a eficiência do reator, mas também oferece elementos importantes. Por exemplo, a facilidade de aplicação do revestimento de tântalo torna-o particularmente útil para manutenção e reparos in-situ, eliminando a necessidade de desmontar completamente a câmara. Além disso, o processo de liberação do hidrogênio capturado durante o aquecimento não danifica o revestimento, permitindo uma reutilização eficaz.
A excitação com esta descoberta é palpável e estão planeados mais testes num novo reactor experimental em construção no Wisconsin. A confirmação dos resultados demonstrará sua aplicabilidade em larga escala.
Esta tecnologia poderá acelerar a adopção da fusão nuclear como fonte de energia limpa e fiável, abrindo caminho para um futuro onde a energia limpa esteja ao alcance de todos.